Amar, Amante... Amar
Amo e não me importo
Se você me ama ou não
Amo e me expresso
Em rima, em beijo, em verso
Amo e assim me sinto
Viva, mulher, beleza
Amo e quero tudo
Ciúme, alegria, tristeza
Amo e só me importa
Amar e lhe dar amor
Amo em todos os tons
Grave, agudo, fá maior
Amo e me desnudo
Deixando à mostra meu corpo
Amo sem exigir
Não quero cobrar ou pedir
Amo e me satisfaço
Com cada pedaço que tenho para curtir
Amo e não me envergonho
De dizer do meu amor
Amo dizer Eu te Amo
Amo dizer Te Quero
Amo e danço bolero
Tango e samba canção
Amo e mais jovem eu fico
Amo e mais madura me torno
Amo e gosto da sensação
De ter no amor inspiração
Amo e isto é privilégio
É este o melhor remédio
Amo e sinto pena
Daquele que não amou
Que não fez melodia ou poema
Que não sofreu de desamor
Que não se perdeu em loucuras
Que não construiu ternuras
Que não deu vexame
Que não perdeu dia de exame
Que não sentiu tontura
Fruto da saudade tortura
Que não se sentiu pequenino
Nos braços de seu amante
Que não trocou presente
Aliança e diamante
Que não chorou de alegriaA
o realizar fantasia
Que não entendeu meu canto
E a mim não se entregou
Amo e me pergunto
Como pode existir gente
Que se diz auto suficiente
Que nunca viveu o amor
Amo e só espero
Que este a quem venero
Me ame um pouco também
Se não amarÉ um espectro
Pensando que é esperto
Deixa de gozar
Da mais bela criatura:
A amante que ele tem
Amo e vou amar muito e sempre
Não importa se sou correspondida
Se até perco a medida
Se é o amor que convém
Amo e me amo muito
Por ser capaz de amar
Amo e o convido
Para este verbo conjugar
Vem fazer este momento
A forma mais eloqüente
No exercício de dar
Amar...
Amante...
Amar...
Magda Almodóvar
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Retrato Desbotando
O tempo faz desbotar o momento capturado numa foto e impresso.
O amor que não existe, aquele que é mera suposição,
Também desbota, vai esmaecendo, se esgotando...
Caminha para o vazio.
É que a relação não passava de um gostar bem grande,
Mas insuficiente para desabrochar em amor.
O convívio alegre,
As identificações de gosto,
A química que incendiava o sexo,
Não resiste se o gostar não se transmuta em amar.
E se a coversa é livre, confidente, cúmplice.
Se a confiança é crescente,
Se o fazer sexo torna-se fazer afeto,
Mais é preciso para ser amor.
Por tanto gostar inventamos um amor,
Talvez que desejássemos existir,
E passamos a acreditar em sua existência,
Tamanho o gostar, a identificação,
Um fazer afeto que nada deixa a desejar.
Mas...
Amor não é invenção.
É trabalho de construção,
É disponibilidade para dividir,
É vontade quase incontrolável de estar junto,
E necessita de altruismo e empenho.
Amar é tão essencial
Que ao termos afeto e confiança em alguém,
Logo sonhamos que estamos amando.
Doamos, recebemos, rimos, choramos... juntos.
O que não significa unidos,
E amar é união.
Mantemos a conversa mais e mais despida de preconceito ou qualquer reserva.
Nos socorremos nos maus momentos e damos o ombro com carinho,
Procuramos aprender e ensinar um ao outro como melhor viver.
E na cama, melhor, em todo lugar onde fazemos sexo,
Nos permitimos entrega verdadeira, nada de tabu ou pudor.
E lá vamos escrendo a história do sonho de amor,
Vivendo momentos lindos, cheios de ternura e ardor,
Nunca deixando que se apague a química do sexo e seu furor.
Inventamos mil fantasias,
Lemos excitantes textos,
Assistimos até vídeos porno,
Colocando em prática tudo isto e
Curtindo um tesão nunca sonhado.
Tudo isto é amor?
Um dos que formam o par disse que isto é gostar.
E não por acaso,
Nosso retrato insiste em desbotar.
Magda Almodóvar
22 de outubro de 2007
O tempo faz desbotar o momento capturado numa foto e impresso.
O amor que não existe, aquele que é mera suposição,
Também desbota, vai esmaecendo, se esgotando...
Caminha para o vazio.
É que a relação não passava de um gostar bem grande,
Mas insuficiente para desabrochar em amor.
O convívio alegre,
As identificações de gosto,
A química que incendiava o sexo,
Não resiste se o gostar não se transmuta em amar.
E se a coversa é livre, confidente, cúmplice.
Se a confiança é crescente,
Se o fazer sexo torna-se fazer afeto,
Mais é preciso para ser amor.
Por tanto gostar inventamos um amor,
Talvez que desejássemos existir,
E passamos a acreditar em sua existência,
Tamanho o gostar, a identificação,
Um fazer afeto que nada deixa a desejar.
Mas...
Amor não é invenção.
É trabalho de construção,
É disponibilidade para dividir,
É vontade quase incontrolável de estar junto,
E necessita de altruismo e empenho.
Amar é tão essencial
Que ao termos afeto e confiança em alguém,
Logo sonhamos que estamos amando.
Doamos, recebemos, rimos, choramos... juntos.
O que não significa unidos,
E amar é união.
Mantemos a conversa mais e mais despida de preconceito ou qualquer reserva.
Nos socorremos nos maus momentos e damos o ombro com carinho,
Procuramos aprender e ensinar um ao outro como melhor viver.
E na cama, melhor, em todo lugar onde fazemos sexo,
Nos permitimos entrega verdadeira, nada de tabu ou pudor.
E lá vamos escrendo a história do sonho de amor,
Vivendo momentos lindos, cheios de ternura e ardor,
Nunca deixando que se apague a química do sexo e seu furor.
Inventamos mil fantasias,
Lemos excitantes textos,
Assistimos até vídeos porno,
Colocando em prática tudo isto e
Curtindo um tesão nunca sonhado.
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E não por acaso,
Nosso retrato insiste em desbotar.
Magda Almodóvar
22 de outubro de 2007
Magda Almodóvar
Olá,
Abri este espaço para contato com todos que curtem meus escritos, meu site, a vida e a poesia de viver.
Sejam bem vindos, sempre.
Mag
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